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2: Inquire
A
cultura digital não brotou diretamente da cultura de massas, foi sendo semeada
por processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais desencadeado
pela cultura das mídias. Até este momento passamos por uma trajetória de uma
cultura oral, cultura escrita, impressa, das massas, das mídias e finalmente da
cultura digital. Obviamente hoje todas convivem de forma hibrida. Assim as
transformações culturais existem principalmente pelos tipos de signos que
circulam nas novas tecnologias e entre eles também os tipos de mensagens e
processos de comunicação, propiciando novos ambientes sócio-culturais e novas
formas de pensamento. Neste sentido a cultura comporta-se sempre como organismo
vivo e inteligente com poderes de adaptação surpreendentes. E é dentro desta
adaptação surpreendente que a educação vai se transformando. A educação e o
ensino dentro destas novas perspectivas não podem ser pensados de forma fechada.
O
currículo do século XXI deve ser pensado no contexto da globalização e das
tecnologias. No referido OLDS MOOC modelo de aprendizagem para um currículo do
século XXI, a proposta versa em discutir essas mudanças estruturais e apontar
projetos pertinentes a ela. Penso ainda que inúmeros sejam os conceitos acerca
do que vem a ser currículo, entre eles é que seja um conjunto de saberes recheado
de representações narrativas. Para Costa (1992) o currículo é um lugar de
subjetivação e de socialização dirigido e controlado. Silva (1996) ainda
acrescenta que o currículo freqüentemente expressa o ponto de vista dos grupos
dominantes, para isso este autor propõe o que ele chama de “descolonização” do
currículo. Assim também seriam privilegiadas visões e representações
alternativas dos grupos não dominantes. Silva diz ainda que não se basta apenas
realizar materiais didáticos, livros, textos elucidativos que as mudanças
acontecerão, e sim por meio da experiência dos alunos, ilustrar um novo
percurso na produção de um novo conhecimento. Neste curso OLDS MOOC “Modelo de Aprendizagem
para um Currículo do Século XXI”, percebo esta tentativa. Existem vários grupos
de trabalhos abertos na tentativa de discutir o que permeia acerca deste assunto.
E o mais importante e interessante é que são participantes do mundo inteiro
visando expansão de fronteiras e a multiplicação de significados. Cada
grupo de trabalho ou nuvem aberta foi “contaminada” por seus integrantes na
produção de significados e representações de seus sujeitos oriundos dos mais
diversos locais do mundo. Reverbera neste referido curso uma energia de
construção e reconstrução de conhecimento, estabelecendo um laço intenso com a
autonomia, esta já preconizada pelo modelo inicial da proposta. Assim o
participante não só recebe conhecimento dos colegas como produz conhecimento de
sua própria interação dentro das salas de redes sociais. O ambiente instiga
condição participante de vivência de um processo de transformação do conhecimento
e da consciência. Os participantes são estimulados pela proposta de busca para
os problemas apresentados, posicionam-se desenvolvendo assim autonomia,
cooperação e criticidade. A
segunda semana especificamente focou-se em algumas abordagens contextuais do
modelo de aprendizagem e da reflexão acerca desta experiências. As propostas
foram:
Atividades:
·
Planeie a sua actividade
para a semana
·
Comece a contextualizar o seu desafio do projeto ( usando
cenários )
·
O que é importante sobre o contexto
de aprendizagem de design ?
·
Considere participantes e forças ( usando
personas e mapas de força )
Referências bibliográficas
COSTA, Marisa Vorraber. Discutindo a escola básica em tempos de neoliberalismo: Uma conversa introdutória. In: COSTA, Marise Vorraber (Org). Escola básica na virada do século: Cultura, política e currículo. São Paulo: Cortez, 1996.
SANTAELLA, Lucia. Da cultura das mídias à
cibercultura: o advento do pós-humano. Disponível na Internet via URL
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/ revistafamecos/article/viewFile/3229/2493>.
Acesso em 03.02.2013.
SILVA, Tomás Tadeu. Descolonizar o currículo: estratégias para uma pedagogia crítica. Dois ou três comentários sobre o texto de Michael Apple. In: Costa , Marise Vorraber (Org.). Escola básica na virada do século: cultura, política e currículo. São Paulo: Cortez, 1996.
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