quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Investigar na era digital #emerg12


Investigar na era digital

A professora Dra. Lina Morgado solicitou aos estudantes do doutoramento em Educação da UAB/Port, especificamente da disciplina “Ambientes e Pedagogias emergentes” para que desenvolvessem um artigo que versasse acerca das palestras apresentadas na “Workshop W3i”. Este foi organizado e desenvolvido pelo “MPEL”, (Mestrado em pedagogia do elearning) e pelo LE@D (laboratório de educação a distância e elearning) (http:// lead.uab.pt) também da UAB/Port. Este evento ocorreu no dia 22 de dezembro entre as 10h e as 17 h no Palácio Ceia em Lisboa. Participaram os investigadores: Cristina Costa da Universidade de Salford (UK), Patrícia Fidalgo  da UIED-UNL (PT), Teresa Pombo, Board of Directors of GOOGLE LIT TRIPS e, do LE@D, João Paz,  Mª João Spilker  e Paula Silva.   Teve o apoio da Mendeley, gestor de referências bibliográficas e rede académica de investigadores. O programa do evento pode ser conferido no seguinte link: http://lead.uab.pt/wp-content/uploads/2012/12/Programa_W3i_lead_mpel1.pdf.

Imagem retirada de http:// lead.uab.pt
                 
W3i
       Dentro deste episódio nós, doutorandos tínhamos a missão de escolher uma das conferências para comentar, enfim, mergulhar no universo temático proposto por alguns dos palestrantes. Eu escolhi “Análise das redes sociais” articulado por Patrícia Fidalgo, exposição esta que pode ser conferida em http://www.slideshare.net/pfidalgo1/worshop-w3i-ars-p-fidalgo.       

        Dra. Patrícia é uma pesquisadora das Redes Sociais aplicadas à educação, examina como o envolvimento nestas auxilia a elucidação dos comportamentos de quem as usa. A conferência desta cientista nos deu uma visão geral de como este tipo de estudo ajuda no fluxo de informação por meio de conexões diretas e indiretas (nos prestou figuras por meio de aplicativos e softwares) que possibilitam uma visão destas redes e contatos como uma possível análise matemáticas destas relações humanas.  Enfim, “Foca-se nas relações que os indivíduos estabelecem mais do que nos seus atributos. Estuda estruturas sociais através da medição dos laços e das interações entre os membros dessas estruturas.” (Fidalgo, 2012)

Professora  Patrícia Fidalgo. Imagem retirada de https://twitter.com/pfidalgo1
                                                     
         No arcabouço deste eixo diretivo estes aplicativos, softwares, ferramentas em geral de análise de redes ajudam a demonstrar o entrelaçamento e conexões de pessoas, conhecimento, recursos, tarefas, discussões, etc. Assim é possível identificar classes, relações, aprimorando-as em seu desenho organizacional. Em sua palestra Dra. Fidalgo expõe uma  diversidade de softwares comerciais e gratuitos que podem ser empregados para esta tarefa: _ “Cfinder, Gephi, GraphViz, Guess, InFlow, MultiNet, NetDraw, Netminer, SocNetV, UCINET, VISONE, Yed.” Elencando alguns deles a oradora explana etapa por etapa acerca da instalação, funcionamento e projeção.  Neste momento me encantou sua didática e preocupação em transferir sua sabedoria, caracterizando-a com uma apropriada mestra.
Também enfatiza os tipos de atuantes, os atores do processo educacional formado em rede. Sendo eles os atores centrais que promovem a ligação entre a maioria dos outros cursistas. Os expansores que estariam conectados a outros participantes de uma rede, os intermediários que fariam a ligação entre subgrupos da rede, os periféricos especializados a quem são recorridos quando necessária informação especializada. Esta rede de atuantes é permeada por relações de poder.  Estes vínculos demonstram os graus de poder e quanto mais poder mais benefícios.  E como dizia Foucault (1981) à estrutura social seja ela qual for está atravessada por relações de poder. Foucault (1981) explica essa relação de poder alegando que existem diversas formas paralelas de demonstrar poder, expressados nas relações com a família, trabalho, corpos e educação. Neste estudo se configura quando existe ação sobre a ação de outro ator. A palestrante realça que o capital social pode proporcionar aquisições sendo este poder adquirido também pela centralidade.
Enfim, estas redes teceriam partilha de diálogos e trocas de experiências de dúvidas e inquietações, sendo muito positivas para o aprendizado.



Referências bibliográficas
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro; Edições Graal, 1981.

Sites consultados.
http://lead.uab.pt/
https://twitter.com/pfidalgo1

Um comentário:

  1. Olá Shirley,

    Esta intervenção da Patrícia Fidalgo também colheu a minha curiosidade. Não irei repetir os comentários que já fiz nos blogs da Paula e da Cláudia que também escolheram esta apresntação.

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