quinta-feira, 13 de dezembro de 2012




Bibliografia anotada: #emerg12

Título: Da web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede. Dissertação de mestrado, versão online, Universidade aberta de Portugal.

Autor: MOTA, José

Resumo:
Trata-se de uma bibliografia anotada do capítulo 05 da dissertação de mestrado de José Mota da qual o mesmo debruça-se sobre estudos que permeiam acerca do Personal learning Environments, a saber, Ambiente Pessoal de Aprendizagem.

Palavras- chave: Personal learning Environments, Web 2.0, aprendizagem.

O capítulo inicia-se com as origens e fundamentos dos PLE’s. Mota estréia com um alerta acerca das mudanças sociais e culturais provocados pelo desenvolvimento tecnológico, principalmente sob a égide da web 2.0 sendo estas extensivas à educação. Conduz-nos a refletir
“A necessidade de encontrar pontes entre as aprendizagens formal e informal e de cumprir os objetivos da aprendizagem ao longo da vida, permitindo ao utilizador integrar as suas experiências em vários contextos, conjugados com as formas emergentes de software social e do novo paradigma da web como plataforma tecnológica...” (MOTA, 2009, p.128)

O autor respalda-se em diversos teóricos de renome como Brown que elenca que a web 2.0 tem o poder de mudar a aprendizagem por meio da criação de redes de aprendizagem controlada pelos aprendentes.  O professor Mota adverte as diversas potencialidades existentes para tal modelo como as enormes quantidades de conteúdos disponíveis abertos, interativos e personalizados, a comunicação multissíncrona, móveis, os agentes de alerta do Google, RSS, etc. Portanto subsidiando a aprendizagem focada no respeito e autonomia do aluno. As amplas razões para o alargamento destes ambientes estão entre a necessidade de aprendizagem ao longo da vida, necessidade de controle e intensidade da própria aprendizagem, autonomia na construção, de sua divulgação e partilha de seus conhecimentos. Raciocina que o eixo condutivo deste processo é o sócio-construtivismo sendo o conhecimento criado no contexto da interação social.
Constitui um PLE a funcionalidade de gestão de conteúdos, sistema de perfis para estabelecer conexões, um espaço de trabalho simultaneamente colaborativo e individual e todas estas funcionalidades ligadas através de uma série de feeds distribuídos pela web. Os PLE’s surgem como uma opção a mais, além dos LMS vistos como limitadores da aprendizagem.
Enfim, o PLE vem corroborar com a aprendizagem contínua procurando meios, métodos, formas que estruturem o conhecimento. Este modelo reconhece a função do indivíduo na aprendizagem levando em conta seu percursos, identidade, subjetividade, acedendo de forma vasta ás diversas situações e contextos que o mundo nos oferece. Faz-nos refletir o quanto as pedagogias emergentes estão tomando força e de como temos que nos manter sintonizados com os novos conformes do mundo. Penso que em breve os PLE formarão uma “cultura”, um comportamento, um hábito dentro do ensejo de conquista de conhecimento, pois se encaixa na medida certa de cada indivíduo. O “aprendente” busca, consulta de acordo com seu desígnio, planeja, executa, partilha, espalha conhecimento, assim é divulgado, reverberado, desdobrando, voltando novamente para si por meio de comentários, reflexões, contestações, podendo até ser refutado o que caracteriza reflexão colaborativa, comunicação e incremento teórico.    
Diante das mudanças paradigmáticas da educação, os desafios surgem respondendo a necessidade de novos formatos de aprendizagem, com a aprendizagem mais aberta e flexível, calcada na identidade e subjetividade, proporcionando novos desafios como buscar, refletir, avaliar, proporcionar novos olhares. Dentro da “nova escola”, esta que pode estar em qualquer lugar é possível a pluralização da aprendizagem. Neste contexto também existe a possibilidade de priorizar a formação do sujeito coletivo, autônomo, crítico e comprometido com as conseqüências sociais. Lembro-me de quando estudávamos no ensino “tradicional”, com as carteiras enfileiradas, livros abertos em cima de carteiras de madeira desconfortáveis, quadro-giz como única imagem de um processo ilustrativo do conhecimento. Rememoro, comparando minhas memórias com professores e alunos navegando na rede da internet, usufruindo da fluidez das fronteiras em sistemas de hipertextos e de múltiplos lugares e de toda esta possibilidade dos ambientes pessoais de aprendizagem.

Referência bibliográfica
MOTA, José. Da web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na Rede. Dissertação de mestrado, Universidade Aberta, 2009. Disponível em << https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1381/1/web20_e-learning20_aprender_na_rede.pdf >> Acesso em 13/12/2012.

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